Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Número atual: 16(supl 1)(3) -  2016

Cuidados Hospitalares - Emergência

FEBRE SEM FOCO EM LACTENTES: RELATO DE CASO

 

THABATA FEITOZA BARBOSA (HOSPITAL CENTRAL DA AERONAUTICA - HCA/RJ); BRUNO PIRES DE CAMARGOS (HOSPITAL CENTRAL DA AERONAUTICA - HCA/RJ )

 

P-039

INTRODUÇÃO: A Febre é uma das causas mais comuns nas consultas pediátricas. Febre sem foco define-se pela temperatura retal de 38°C ou superior, sendo a única característica presente. Caracteriza-se por febre de início agudo, com duração de menos de uma semana e sem sinais de localização, tradicionalmente três grupos etários são considerados: ATÉ 1 MÊS; LACTENTES ENTRE 1-3 MESES e CRIANÇAS ENTRE 3 MESES ATÉ 3 ANOS. No caso de comprometimento do estado geral, crianças menores do que 1 mês E/OU considerados de alto risco pelos Critérios de Rochester deverão ser internados para amplo rastreio infeccioso, além de início de antibioticoterapia empírica após coleta dos exames.
CASO CLÍNICO: P.B.C, Masculino, 1 mês e 4 dias de vida, com história de febre há cerca de 12 horas. Mãe negou quaisquer outros sintomas. Em aleitamento materno exclusivo. Relato de irmã com quadro viral. HG: Nascido de parto cesáreo, prematuro tardio, AIG, Apgar 9/10. HPP: Apresentou desconforto respiratório precoce permanecendo internado em UTI neonatal por 5 dias, não necessitou de antibioticoterapia. Exame físico: Sem alterações. Exames laboratoriais de admissão: Hb:11 - Ht:34% - Plaquetas:348.000 - Leucócitos:10.400 (35% neutrófilos/53% linfócitos) - PCR 0,05. Líquor turvo com 512 células - 100% polimorfonucleares; glicorraquia; proteínas - 172; cultura negativa. Função renal e eletrólitos sem alterações. RX de tórax: Normal. Hemocultura e Urinocultura negativas. Iniciado ceftriaxone, manteve quadro febril até 48h após antibiótico e apresentou boa evolução clínica tendo alta após término do esquema terapêutico.
DISCUSSÃO: Paciente com febre sem foco, abordado de maneira rápida e protocolada, com diagnóstico e tratamento adequados, apresentando evolução satisfatória.
CONCLUSÃO: Importância da abordagem precoce em menores de 3 anos com quadro de febre sem foco para uma boa evolução clínica.