Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Número atual: 16(supl 1)(3) -  2016

Cardiologia

DILATAÇÃO DE CORONÁRIA ESQUERDA EM PACIENTE COM FORMA INCOMPLETA DE DOENÇA DE KAWASAKI

 

MARIANA DO VALLE BISSOLI ( HOSPITAL ESCOLA LUIZ GIUSEFFI JIANNUZZI); LAIS BARROS DE AQUINO FERREIRA ( HOSPITAL ESCOLA LUIZ GIUSEFFI JIANNUZZI); JOSÉ RAPHAEL BIGONHA RUFFATO ( HOSPITAL ESCOLA LUIZ GIUSEFFI JIANNUZZI); CARLA FERNANDES MOTTA ( HOSPITAL ESCOLA LUIZ GIUSEFFI JIANNUZZI); KLEITON SANTOS NEVES ( HOSPITAL ESCOLA LUIZ GIUSEFFI JIANNUZZI)

 

P-024

INTRODUÇÃO: A doença de Kawasaki (DK) é uma vasculite sistêmica aguda autolimitada que acomete vasos de médio e pequeno calibres, preferencialmente as artérias coronárias. É considerada a maior causa de doença cardíaca adquirida em crianças de países desenvolvidos, acometendo principalmente as menores de cinco anos. Os pacientes que não apresentam todos os critérios necessários para o diagnóstico são classificados como portadores da forma incompleta.
RELATO DO CASO: O caso refere-se a uma forma incompleta de doença de Kawasaki, pois o mesmo apresentava febre há mais de 5 dias associada a 3 dos critérios clínicos mais frequentes (edema e descamação de mãos e pés, língua em framboesa e linfadenopatia cervical), que apresentou durante investigação dilatação em coronária esquerda, mesmo com tratamento introduzido precocemente e de forma correta.
DISCUSSÃO: De acordo com a literatura a formação de aneurismas é mais frequente em menores de 1 ano, principalmente nos menores de 6 meses, e nos maiores de 5 anos, no sexo masculino e naqueles em que a febre é persistente apesar da terapêutica. Nosso paciente apesar de ser do sexo masculino, tem mais de 2 anos de idade e apresentou boa resposta terapêutica, não constituía assim grupo de risco importante para complicação coronariana.
CONCLUSÃO: Apesar das características clínicas da DK serem bem descritas na literatura, ainda assim há necessidade de um maior conhecimento desta, visto que a forma incompleta da DK acomete principalmente lactentes com menos de seis meses e crianças maiores de cinco anos, onde observa-se principalmente no grupo mais jovem elevado risco de coronariopatias. Sendo assim, deverá sempre se pensar sempre na hipótese diagnóstica mesmo com a etiologia desconhecida da DK.