Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Número atual: 13 (supl 1)(2) - Dezembro 2012

Anais do X Congresso de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro

Transferência de informações sobre gestação, parto e nascimento: importância do registro na Caderneta da Criança

 

Maria da Graça Soares de Lima; Eliane Garcez da Fonseca; Paola Teixeira Soria; Jose Carlos Vecchiate da Silva Neto; Rodrigo Neves; Gabriela Amaral

Escola de Medicina Souza Marques.

 

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: A Caderneta de Saúde da Criança foi criada em 2005 como um aprimoramento do cartão da Criança, devendo ser, desde então, distribuída gratuitamente a todos os recém-nascidos do território nacional. Seu preenchimento adequado permite a troca de informações entre os profissionais da maternidade e os responsáveis pelos futuros atendimentos a estas crianças.
OBJETIVO: Estudar a utilização e preenchimento da Caderneta de Saúde da Criança na maternidade.
MÉTODOS: Estudo transversal realizado no ambulatório comunitário de pediatria, localizado no Município do Rio de Janeiro, de março a maio de 2012. Mães de crianças de 0 a 60 meses anos foram entrevistadas, por alunos de graduação de medicina, enquanto aguardavam o atendimento. Perguntou-se sobre local entrega da Caderneta Local e as orientações recebidas nesta oportunidade. A seguir, verificou-se o preenchimento da mesma.
RESULTADOS: Foram incluídas 111 crianças de até 5 anos de idade. A idade média foi de 16 meses e a mediana 10 meses. A Caderneta foi entregue na maternidade para 99 (89,2%) das mães e 40 (36%) receberam alguma explicação sobre a mesma. As principais explicações recebidas foram sobre registro das vacinas 17%, estímulo à leitura 10%, registro do peso e da altura 10%, desenvolvimento 5%. Com relação ao preenchimento na maternidade, encontraram-se os seguintes percentuais: informações sobre a época de início e o número de consultas de pré-natal 31%, sorologias realizadas durante a gestação 27%, parto 45%, dados do nascimento 40%, triagem neonatal 10% e informações da alta 36%.
CONCLUSÃO: O baixo percentual de registro dos dados da gestação, parto e nascimento e de orientações recebidas pelas mães demonstram a necessidade de mais divulgação e conscientização dos profissionais das maternidades para otimizar o uso desse instrumento.

 

Responsável
Eliane Maria Garcez Oliveira da Fonseca