Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Número atual: 13 (supl 1)(2) - Dezembro 2012

Anais do X Congresso de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro

Retardo de crescimento intrauterino, estado nutricional e fatores de risco para doença cardiovascular

 

Medeiros CB; Madeira IR; Bordallo MAN; Carvalho CNM; Gazolla FM; Ribeiro RMQ

Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

 

 

RESUMO

INTRODUÇÃO O retardo de crescimento intrauterino é fator de risco para doença cardiovascular (FRCV) na adultícia.
OBJETIVOS DA PESQUISA: avaliar crescimento de recuperação (CR), estado nutricional e presença de FRCV em pré-escolares nascidos pequenos para a idade gestacional (P1G),
MÉTODO No ambulatório de "follow up" de um hospital universitário selecionou-se 16 crianças nascidas PIG (peso e/ou comprimento IMC, lipidograma, glicemia, insulina, HOMA-IR.
RESULTADOS: A média de idade(ΔI) foi 43,82+ 14,47mêses, ΔI gestacional 34+3,8semanas, Δ peso (ΔP) de nascimento 1.462,83+542,62g, Δ comprimento (ΔC) de nascimento 38,87+4,95. 12 foram prematuras. 1 tinha idade gestacional < 31 semanas. 8 tinham peso e comprimento <="" p31=""e 1 apenas peso. A ΔZIMC foi -0,13+ 1,33, e a ΔZC-1,21 + 1,03. 7 crianças possuíam estatura para sobrepeso, 18 eutróficas e 1 magreza. Ao final do primeiro ano, a ΔC fora 68,36+3,77cm (ΔZestatura-2 + 1,13); Δ velocidade de crescimento (ΔVC) 33,2cm/ano; nove não tinham CR. Ao final do segundo ano, a ΔC fora 80,03+4,61 cm (ΔZC-1,61 + 1,31); ΔVC 13,84cm/ano; cinco não tinham CR. Ao final do terceiro ano, a ΔC (6 crianças) fora 88,91 +2,231 cm (ΔZC-1,67+0,98); três não tinham CR. A ΔCC foi 49,1 +5,37(uma CC aumentada). 2 apresentavam pré-hipertensão. Médias das dosagens séricas: colesterol 158,1 +26,99(14 alterados, 7 altos); LDL 96+22,64(7 alterados, 3 altos); HDL 44,2+9,81 (12 baixos); triglicerídeos 88,65+44,98 (5 alterados,2 altos); glicose 77+9,05; insulina 5,63+5,69 (uma alta). A ΔHOMA-IR foi 1,1+1,14(2 altas).
CONCLUSÕES: Embora a obesidade não seja prevalente nestes PIGs, alguns FRCV já estão presentes. O pequeno número de crianças não permite comparações entre os grupos com e sem CR. A alta prevalência de prematuridade pode ter contribuído com maior prevalência de FRCV.

 

Responsável
Isabel Rey Madeira